quarta-feira, 27 de abril de 2011

Recordo-me da infância,

e de minha inocência grandiosa. De estar no quintal dos meus primos, comendo fruta direto da árvore, rindo bastante, sem preocupações subsequentes. De estar em casa brincando de panelinha, de boneca, de gude, com uma imaginação interminável.
Lembro que sentava no sofá pela manhã, assistindo a Bárbie e seu mundinho perfeito. Me posicionava no lugar dela e acreditava no mágico. Recordo minhas idas a roça de vovó, as casinhas que fazíamos, os duelos que travava com meus primos. À noite, todos em paz, contando piadas e festejando com sopa.
Penso em meu lindo cachorro antigo, era companheiro e alegre, gostava de lamber-me a face e farrear. Também em meu colégio encantado, correr na chuva em frente de casa com meus irmãos, quantos bons momentos...
Tudo era tão feliz, despretensioso, despreocupado, radiante. Bem, eu tinha uma vida sem limitações, sem arrogância, era imparcial  em todas as ocasiões.
E é aí, que depois destas lembranças, ganho força pra encarar a falsidade enterrada pelos meus anos de luz. Mas a humana que há em mim, vai fazer a pureza do mundo, ressurgir.
(Layta Ribeiro.)

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